A osteoporose é uma doença silenciosa, sem sintomas característicos, que ocorre quando há um enfraquecimento progressivo da massa óssea. Segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), a doença já atinge cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil. Outro dado da IOF revela que de cada três pacientes que sofreram fratura no quadril, um tem o diagnóstico de osteoporose; e deste número, um em cada cinco, recebe algum tipo de tratamento.
Há mitos sobre a doença para isso convidamos a nutricionista Maria Fernanda Elias para explicar um pouco mais sobre o assunto. Confira!
Apenas as mulheres desenvolvem osteoporose
MITO. Tanto homens como mulheres estão sujeitos a desenvolver osteoporose. A diferença é que o risco é maior entre as mulheres. Uma pesquisa realizada pelo International Osteoporosis Foundation (IOF) revelou que, pelo menos, 1 em cada 3 mulheres acima dos 50 anos são diagnosticadas com osteoporose e que 3 milhões sofrem com fraturas vertebrais decorrentes da doença. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos, Europa e Japão revelam que a osteoporose atinge 1 em cada 5 homens.
Quem tem osteoporose não deve praticar atividades físicas
MITO. O sedentarismo é um dos fatores de risco para a osteoporose, portanto, a falta de atividade física pode agravar o quadro. Mas, é importante que o indivíduo receba orientação tanto do seu médico como de um educador físico.
A prevenção começa após os 50 anos
MITO. Desde a infância, a adoção de hábitos saudáveis pode acarretar menor risco para osteoporose na vida adulta. Isso significa manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, não fazer uso de tabaco e se expor ao sol com segurança.
Com relação à alimentação, é importante consumir diariamente alimentos fontes de cálcio e vitamina D (leite, queijo e iogurtes). O Ministério da Saúde recomenda 3 porções diárias para adultos. Os alimentos fortificados com esses nutrientes também contribuem para atingir as recomendações.
Vale lembrar que a ingestão de proteínas, fósforo, magnésio e vitaminas A, C, complexo B e K, também são essenciais para a manutenção da saúde óssea. As vitaminas C e B6, por exemplo, são necessárias para a formação do colágeno, um material orgânico que mantém ossos unidos.
Entrevistada: Maria Fernanda Elias – Nutricionista, Mestre em Saúde Pública e Doutoranda em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo. Diretora da Food Notes: Comunicação de Nutrição e Saúde.