O décimo mês do ano chegou e, com ele, um dos movimentos de conscientização mais populares e tradicionais: o Outubro Rosa. Tudo começou há não muito tempo, em 1990, durante um evento chamado “Corrido pela Cura”, em Nova York. Com organização da Fundação Susan G. Komen, o objetivo era arrecadar fundos para uma pesquisa sobre câncer de mama. Durante a primeira corrida, a instituição distribuiu laços rosas aos participantes, o que acabou se tornando o símbolo do movimento.
Durante os anos seguintes, o evento tomou força e se espalhou por outros estados do país, até que finalmente acabou virando um movimento internacional, espalhando-se pelo mundo inteiro. No Brasil, tivemos o primeiro registro do movimento em 2002, na cidade de São Paulo. Na ocasião, iluminaram de rosa o monumento do Obelisco. Não tardou para que, pouco a pouco, outras capitais do país também abraçassem a causa.
Hoje, o Outubro Rosa já é um movimento amplamente consolidado. Figuras públicas de diversos setores se movimentam para divulgar a campanha anualmente e espalhar suas principais mensagens-chaves. E, neste sentido, conscientização e prevenção podem ser consideradas duas das palavras principais da causa. Com o incentivo ao autoexame de mama, as mulheres podem identificar com mais rapidez os sintomas da doença e ir atrás dos médicos para a assistência necessária. Segundo dados do Instituto Oncoguia, 95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade de cura.
Um autoexame completo e bem feito deve ser realizado em três etapas:
De frente ao espelho:
- Sem a blusa e o sutiã, posicione-se em frente ao espelho com as mãos na cintura;
- Atente-se ao tamanho, o formato e o contorno de suas mamas;
- Repare se há quaisquer alterações na pele da mama, na aréola ou no mamilo;
- Note se o sutiã deixa marcas em uma das mamas, indicando inchaço;
- Solte os braços soltos ao lado do corpo e observe as mamas novamente;
- Levante os braços e observe se nota alguma alteração.
Em pé durante o banho:
- Estique a coluna e coloque seu braço esquerdo sobre a cabeça, com o cotovelo apontado para cima;
- Examine, com a mão direita, sua mama esquerda. Apalpe-a com a ponta dos dedos;
- A partir da axila e seguindo para o mamilo, realize movimentos circulares de maneira firme (mas sem machucar)
- Procure por regiões mais densas ou caroços
- Realise os mesmos movimentos circulares na região das axilas, notando se há algum nódulo palpável;
- Troque a posição dos braços, e repita o passo a passo
Deitada
- Deite-se na cama, coloque uma toalha dobrada ou um travesseiro fino embaixo do ombro esquerdo. Coloque a mão esquerda para trás da cabeça;
- Com sua outra mão, apalpe a mama esquerda fazendo movimentos circulares com a ponta dos dedos. Note se encontre a presença de anormalidades
- Inverta a posição e repita o procedimento
Fazer o autoexame é um primeiro passo muito importante. Aproximadamente 80% dos casos são descobertos pelas próprias mulheres por meio do toque. É imprescindível que, ao notar qualquer anomalia, procure-se por um médico e por uma mamografia (o principal método para o rastreamento da doença).
Fontes: