Se você alguma vez escutou que nutrição e sabor não combinam, pode esquecer. No mundo da alimentação algumas substâncias são consideradas valiosas justamente por reunirem alto valor nutricional e aquele toque a mais na textura e no gosto dos produtos que você consome. É o caso do soro do leite, ingrediente com mil e uma aplicações: desde suplementos proteicos, achocolatados e iogurtes, até biscoitos, massas e pães.
Quem costuma ler os rótulos dos artigos no supermercado provavelmente já se deparou com os dizeres “contém soro do leite”. Isso significa que o produto em questão contém um conjunto de nutrientes obtidos a partir do processo de coagulação do leite utilizado na produção de queijo.
“Essa matéria-prima – que pode ser encontrada na forma líquida, concentrada ou em pó – oferece proteínas de alto valor biológico e minerais”, afirma a nutricionista Cynthia Antonaccio, da consultoria Equilibrium.
O cálcio e o fósforo são fundamentais para a saúde óssea e ajudam na contração muscular, vasoconstrição e vasodilatação. O potássio e o sódio, por sua vez, promovem o equilíbrio entre os meios intra e extracelular, colaborando com a transmissão nervosa e contração dos músculos. Já o selênio é um potente antioxidante dietético, e ainda atua no desenvolvimento cognitivo e no sistema imunológico.
Valor proteico
Além de todos os atores citados acima, o soro do leite conta com um protagonista especial, que atrai grande parte da atenção da indústria e consumidores: a proteína. “100 gramas de soro do leite possuem, em média, 80 gramas de proteína. O leite, tanto na versão integral quanto no semidesnatado e desnatado, tem cerca de 3 gramas de proteína a cada 100 ml. A concentração de proteína no soro é maior porque é preciso uma grande quantidade de leite para se obtê-lo”, explica Cynthia.
Facilmente digestíveis e de alta qualidade, as proteínas do soro do leite, também conhecidas como whey protein, contam com uma proporção relativamente alta de aminoácidos de cadeia ramificada, como BCAA. Estes aminoácidos fornecem fonte de energia durante a execução de exercícios, o que permite treinar mais intensivamente por longos períodos de tempo.
“Praticantes de atividade física de alta intensidade necessitam de um maior aporte proteico, já que este tipo de exercício favorece o aumento na taxa de síntese de proteínas associadas ao metabolismo aeróbio”, complementa a nutricionista.
A ingestão de proteínas e aminoácidos após exercícios físicos favorece a recuperação muscular. E não são apenas os músculos que recebem um estímulo especial para ganharem forma e rigidez. Tecidos como cabelo, pele e unha também são beneficiados com a ingestão.
Mas atenção: a utilização de suplementos proteicos só deve ser feita sob a orientação de um nutricionista, que irá analisar ingestão alimentar diária, modalidade esportiva, etapas do treinamento, carências nutricionais, aversões e intolerâncias alimentares.
Fonte: Consultoria Equilibrium