Saiba o que está em jogo na fabricação de uma das bebidas mais queridas do país
Deliciosa, nutritiva e refrescante, a água de coco tem muito a oferecer – e o Brasil sabe muito bem disso. Junto dos Estados Unidos, somos os maiores mercados da bebida no mundo, consumindo muito também da versão em caixinha. A preocupação com os alimentos industrializados, contudo, é também grande para muita gente. Por isso, a estrela da vez na série #comosefaz é a água de coco. Ricardo Martin, especialista da Tetra Pak, explica mais sobre os processos de fabricação e o que acontece nos bastidores da indústria.
Origem: as plantações de coco
No Brasil, há plantações de coqueiros principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A inteligência de produção começa já nas fazendas: uma árvore demora cerca de 3 a 4 anos para se tornar frutífera, gerando cocos ideais em volume e quantidade.
Um rigoroso controle de qualidade ainda nessa fase pode fazer toda a diferença na água de coco que você bebe. Quanto mais saudáveis forem as árvores e mais preciso o acompanhamento do desenvolvimento dos cocos, melhor será o sabor.
Da árvore para a fábrica
Após serem colhidos, os frutos são encaminhados para as fábricas. Lá, os cocos são organizados em uma linha de produção para que as cascas sejam cortadas e furadas, num processo completamente automatizado. A água de coco escorre pela esteira e é encaminhada diretamente para os tanques.
Logo na sequência, a água de coco passa por um tratamento térmico: é aquecida a cerca de 140°C e depois resfriada rapidamente, uma ação que elimina microrganismos que possam ser prejudiciais à saúde e preserva as propriedades naturais da bebida.
Água de coco e nada mais?
A legislação brasileira permite que a indústria acrescente algumas substâncias à água de coco. Elas servem para evitar mudanças de cor e decantação, padronizando o sabor”, explica Ricardo. A ideia é que, sempre que você comprar um produto, ele tenha o mesmo gostinho bom. “Essas substâncias são seguras para a saúde e sua concentração nunca ultrapassa o limite de 1% do total do produto oferecido”.
No entanto, esse processo de adição de substâncias é opcional e algumas marcas não aplicam a medida.
O processo é inteiro vedado e asséptico – não permite o contato com pessoas, luz ou mesmo o próprio ar. Depois do tratamento térmico, a água é envasada nas caixinhas, que continuam a proteger a água de coco de contaminações. E este é o segredo para que a bebida consiga durar meses nas prateleiras, mesmo sem refrigeração ou o uso de conservantes.
Por que o ar pode afetar o sabor da água de coco?
Quando o coco é aberto, duas enzimas presentes naturalmente no fruto entram em contato com o oxigênio. Chamadas peroxidase e a polifenol oxidase, elas reagem e provocam perdas de sabor e nutrientes. Por isso, o envase em um processo asséptico é bastante vantajoso!
Nutrição
Um dos principais atrativos da água de coco é a presença de minerais. Ela contém nutrientes como glicose e aminoácidos, além de eletrólitos como potássio, cálcio e magnésio. Os eletrólitos presentes no sangue têm efeitos como a regulagem da quantidade de água no nosso corpo, do pH do sangue e de funções musculares. Na prática, a água de coco é capaz de fazer com que o corpo se hidrate muito rapidamente – uma excelente pedida para atletas, em especial.
Um oceano de sabores possíveis
No Brasil, nossa referência é a água de coco que tomamos na praia, no verão. Felizmente, esse consumo pode se estender por todo o ano – e a indústria se preocupa em manter este sabor tal qual é lembrado.
No entanto, as coisas são um pouquinho diferentes nos Estados Unidos, por exemplo. Você sabia que, na terra de Tio Sam, a água de coco saborizada é bastante popular? Isso mesmo: água de coco com gosto de café, leite, limão… Isso porque o público se atrai pelas propriedades nutricionais da água de coco, principalmente, e está aberto a mudanças no sabor.
E você, como prefere a sua água de coco? Conte para nós!