Normalmente, a primeira associação entre as palavras “café” e “gelado” é uma imagem negativa. Essa bebida que faz parte da vida de muitas pessoas desde a primeira refeição do dia costuma ser consumida quente.
Em 2018, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café, os brasileiros consumiram uma média de 839 xícaras de café. A esmagadora maioria, é claro, foi de café quente, e, nesse cenário, o café frio acaba sendo aquele restinho indesejado que sobra na garrafa térmica.
Mas o que muita gente vem descobrindo é que a diferença entre o café quente e o gelado pode ser só uma questão de preparação. As opções de bebidas cold brew, como são chamados os cafés extraídos à frio, vem ganhando o paladar do mundo todo e dos brasileiros também.
Há relatos de consumo dessas bebidas desde o século XVII, por questões de praticidade da infusão ou para refrescar em períodos muito quentes. Hoje em dia, conquistar o gosto cada vez mais diversificado dos consumidores é o maior impulso para a produção.
Mas qual é a diferença?
Diferentemente dos cafés “passados” à quente, que são filtrados no momento em que entram em contato com a água quente, a água fria não extrai os sabores e aromas da mesma maneira, por isso, o processo demora algumas horas. A extração do cold brew, com o grão de café moído embebido em água na temperatura ambiente, dura normalmente 12 horas.
As altas temperaturas fazem o pó do café liberar os componentes solúveis em maior quantidade e mais rapidamente, enquanto a preparação à frio faz com que a bebida fique menos amarga e ressalta o aroma dos grãos.
E é bom ressaltar que os cafés cold brew são diferentes de outra bebida gelada à base de café, os iced coffees. Estes últimos são extraídos normalmente com água quente e depois resfriados rapidamente para o preparo de drinks ou consumo imediato.
Gostou? Então já pode ir se preparando pra tomar um cafezinho refrescante.
Ganhando o mercado
Antes muito específicas de cafeterias artesanais e pequenas lojas, essas bebidas agora estão conquistando as prateleiras dos supermercados com novos produtos. A Green Up, por exemplo, cafeteria que opera há dois anos em São Paulo e Minas Gerais, tirou os cold brews dos balcões e começou a produzir em escala industrial nas versões chocolate, coco e choco protein (chocolate com adição de proteínas).
É o caso também da marca Kicoffee, que deixou a receita caseira de lado para entrar no mercado de vez com cold brews de chocolate e mocha. Todos esses produtos estarão disponíveis nos supermercados ainda este ano. Então já pode ir se preparando pra tomar um cafezinho refrescante!
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