Falar de queijo é navegar em um universo gigantesco, rico em história, descobertas científicas e, principalmente, sabor. Fonte de nutrientes, como proteínas de alto valor biológico, vitaminas (A, D e do complexo B) e minerais (cálcio, fósforo e zinco), o queijo pode ser o coringa de uma alimentação equilibrada.
A grande variedade de queijos é possível graças à diversidade de seu processo de fabricação, no qual podem variar o tipo de leite (de vaca, cabra, vegetal), a coagulação, teor de gordura, consistência da massa, período de cura e tipo de casca. A tecnologia também se tornou uma aliada do produto, com empresas especializadas em todas as etapas de processamento.
Escolha nutricional
Queijos como gorgonzola e parmesão, com maior concentração de gorduras, devem ser ingeridos em menor quantidade e frequência. Já alternativas como minas frescal light, ricota e cottage podem fazer parte do cardápio diário, sempre com moderação), pois contêm menos sal e gordura.
Essa variação nos queijos não ocorre somente com os lipídios, explica a nutricionista Cynthia Antonaccioda consultoria Equilibrium. “Existem aproximadamente 17,4g de proteína em cada 100g de minas frescal, enquanto que o parmesão reúne até 35,6g na mesma quantidade”, afirma.
Em relação ao cálcio, o provolone é um dos campeões, junto com gruyère e de cabra. Vale lembrar que uma alimentação rica em cálcio é extremamente importante para fortalecer a estrutura óssea do corpo e evitar a osteoporose.
Para todos os gostos e intolerâncias
“O consumo de queijos pode variar de acordo com a preferência e as necessidades nutricionais de cada um”, reforça Cynthia. Quem tem intolerância à lactose, por exemplo, não precisa abrir mão e já consegue encontrar opções sem lactose, às quais é adicionada a enzima lactase – que faz o trabalho que alguns organismos não conseguem executar: quebrar o carboidrato em dois componentes (glicose e galactose).
Queijos obtidos a partir de extenso período de maturação também são alternativas, pois têm sua lactose degradada por microrganismos. Os tipos com menores percentuais desse carboidrato são parmesão, brie, camembert, gouda, emmental, gorgonzola e cheddar.
E na hora de combinar com outros nutrientes, a escolha fica a critério de cada um. “O queijo é bem versátil e pode ser consumido com diversos alimentos”, lembra a nutricionista.
Cynthia dá algumas dicas de como combinar diferentes tipos de queijo com acompanhamentos deliciosos:
- a muçarela de búfala fica ótima com saladas e massas;
- o brie vai bem com torradinhas ou pão italiano, acompanhado de geleia de frutas ou não;
- o queijo minas fica uma delícia com goiabada ou recheio de lanches frios e
- o parmesão ralado acompanha bem molhos.
A única ressalva é evitar o consumo de queijo junto com fontes de ferro, como o feijão e a carne, já que o cálcio prejudica a absorção do componente.
Pronto para escolher o seu favorito?
Antes, confira abaixo algumas curiosidades que separamos sobre o produto e descubra por que o queijo é considerado um mito culinário!
Curiosidades sobre os queijos
- As principais variedades de queijo levam o nome da região em que são produzidos são: Cheddar de Cheddar, Reino Unido; Gorgonzola da cidade italiana de mesmo nome; Brie de Brie, ao leste de Paris; Camembert faz referência uma cidade da Normandia; Gruyère tem o nome de uma cidade na Suíça; Roquefort de Roquefort-sur-Soulzon, na França.
- A maioria dos queijos é tradicionalmente produzida em rodas. O formato era fácil de transportar na era pré-industrial e as rodas também tornam fácil o armazenamento para maturação.
- O primeiro queijo do mundo foi produzido com leite de cabra.
- O queijo suíço tem furos por causa do CO2 liberado pelas bactérias que vivem dentro dele. E seu gosto se deve aos ácidos que elas geram.
- O queijo industrializado é feito com leite pasteurizado, ou seja, que foi fervido para matar as bactérias naturais – e só contém bactérias cultivadas em laboratório, adicionadas artificialmente.
- O Brasil produz mais de 70 tipos de queijos. Os mais famosos são o serro, canastra, salitre, araxá, marajó, colonial, serrano, coalho, queijo minas e do reino.